Com a suspensão do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do recurso de Joaquim Roriz (PSC), candidato ao governo do Distrito Federal, ele pode continuar a fazer campanha, mas fica mantida a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de impugnar o registro da candidatura. Na quinta-feira (23), a sessão terminou empatada em 5 votos a 5 e foi suspensa antes de ser proclamada decisão final de como o impasse será resolvido.
A candidatura de Roriz fica indeferida até que a questão seja solucionada. Com o empate, o presidente do Supremo, Cezar Peluso, poderia dar o voto de minerva. Mas, preferiu decidir o assunto em sessão ainda sem data para ocorrer. Uma das sugestões é que o próximo ministro escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Eros Grau, que se aposentou em agosto, decida a questão. Ou ainda que os ministros do STF mantenham a decisão do TSE de impugnar a candidatura com base na Lei da Ficha Limpa.
A divergência no julgamento de quinta-feira se deve ao início da vigência da Lei da Ficha Limpa. O relator, Ayres Britto, o presidente doTSE, Ricardo Lewandowski, Cármem Lúcia, Joaquim Barbosa e Ellen Gracie entenderam que a norma já poderá ser aplicada nas eleiçõesdeste ano. Porém Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Marco Aurélio e Dias Toffoli alegaram que é preciso respeitar o princípio da anualidade e aplicar a lei apenas nas próximas eleições, em 2012.
Como não há uma decisão definitiva sobre o caso, o nome e a foto de Joaquim Roriz vão constar nas urnas eletrônicas do Distrito Federal. O prazo do TSE para alterar as imagens terminou no dia 30 de agosto.
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