Em entrevista publicada ontem no site da revista "Veja", o ex-governador José Roberto Arruda, suspeito de comandar esquema de corrupção no Distrito Federal, afirma que atendeu de "pequenos favores aos financiamentos de campanha" de integrantes da cúpula do DEM. Os democratas reagiram dizendo que irão processá-lo.
Para não ser expulso do partido, Arruda abandonou o DEM em 2010. Ele perdeu o cargo em março de 2010 depois de passar dois meses preso, acusado de coagir testemunhas da investigação.
De acordo com os advogados do ex-governador, Cristiano Maronna e Nélio Machado, a entrevista foi dada em setembro de 2010. Eles alegam que as declarações estão "fora de contexto".
"Toda a ajuda que ele deu ao partido foi rigorosamente dentro da lei", afirmou Cristiano Maronna.
Arruda não diz, na entrevista, se o dinheiro tinha origem ilícita ou não. E afirma que não sabe se os repasses foram declarados à Justiça Eleitoral.
À revista, o ex-governador declarou que ajudava a "nomear afilhados políticos, conseguir avião para viagens, pagar programas de TV, receber empresários".
O presidente do DEM, José Agripino, disse que Arruda tenta se vingar dos ex-companheiros. O senador Demóstenes Torres (GO) afirmou que vai processar o ex-governador.
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