O novo presidente do DEM, o senador José Agripino, divulgou nota nesta sexta-feira (18) negando que o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) tenha ajudado líderes da legenda a captar recursos. Em entrevista ao site da Veja publicada nesta quinta (17), Arruda, que deixou do DEM após escândalo do mensalão no DF, em 2010, admite erros, mas diz que não fez nada de diferente do jogo da política brasileira.
O ex-governador foi filmado recebendo R$ 50 mil do delator do caso, Durval Barbosa. Arruda afirmou que pessoas que se beneficiaram “largamente” durante seu mandato foram desleais com ele após a divulgação da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que desmontou o esquema de corrupção.
- Eu era o único governador do DEM. Recebia pedidos de todos os Estados. Todos os pedidos eu procurei atender. E atendi dos pequenos favores aos financiamentos de campanha. Ajudei todos.
À revista Veja, Arruda afirmou ainda que nomeou afilhados políticos, conseguiu avião para viagens, pagou por programas de TV, pediu ajuda a empresários. Segundo ele, em 2008, o senador Agripino foi à sua casa pedir R$ 150 mil para a campanha da candidata dele à prefeitura de Natal (RN), Micarla de Sousa (PV).
- Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso.
Na nota à imprensa, Agripino repudiou as declarações de Arruda.
- São informações totalmente infundadas que repilo à altura. Trata-se, provavelmente, de declarações de alguém profundamente magoado com parlamentares que exigiram sua saída imediata do partido por não tolerarem seu envolvimento com improbidades, algo inadmissível no Democratas.
De acordo com o presidente do DEM, a entrevista foi concedida em setembro de 2010.
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