O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) recebeu nesta quinta-feira um pedido de habeas corpus para o funcionário público Ricardo Neis, que atropelou um grupo de ciclistas na semana passada em Porto Alegre. O detalhe é que a solicitação não foi feita pelos advogados de defesa, e sim por um estudante de Direito de 22 anos, Antônio Goya de Almeida Martins Costa. Ele também é estagiário da Defensoria Pública estadual e escreveu em seu perfil na rede social Facebook os motivos que o levaram a pedir liberdade para Neis, alegando estar "indignado".
Martins Costa deixou claro que a "suposta" atitude do funcionário público não é justificável: "Não concordo com atitudes como a que supostamente foi praticada por ele, mas tão contrário quanto a isso, sou em relação a antecipação de pena. Neste caso, não há motivo que justifique sua prisão antes da sentença. O pretenso fiscal das leis está mais preocupado em dar uma resposta à mídia do que fazer cumprir a lei e a Constituição, sendo o frequente patrocinador de violações de direitos individuais", explicou.
Ricardo Neis está sob custódia da polícia em uma clínica psiquiátrica da capital gaúcha. De acordo com os médicos que o atendem, ele está com estresse pós-traumático. As cenas do atropelamento, ocorrido na última sexta-feira, chocaram o país. O funcionário público alegou que ficou assustado após se sentir acuado pelos ciclistas.
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