A ação naquele banco prossegue até amanhã, quarta-feira (16). Já na semana que vem Procon e Sindicato dos Bancários estarão no Banco do Brasil e, em seguida, nas casas lotéricas.
Enquanto o Procon fiscaliza o tempo de espera nas filas, o sindicato tem a finalidade de cobrar, dos bancos, melhorias pertinentes à qualidade de vida da categoria. “A gente vai unir a questão funcionário-cliente e orientar os usuários a ligarem para o Banco Central e denunciar”, esclareceu Eidiane Catrine Moreno, diretora do sindicato.
Todas as ações realizadas pelo Procon, em termos de vistoria e penalização dos bancos, são apoiadas pelo Sindicato dos Bancários, a fim de que os funcionários também sejam amparados. “O Procon não pode intervir no que se refere a funcionários assim como o sindicato não tem poder sobre questões de clientes. Daí a parceria”, explicou Eidiane, apontando que os bancários deveriam ter carga horária de trabalho de seis horas/dia. Contudo, trabalham de oito a 11 horas, diárias, em alguns casos.
Reivindicação
“Se a gente não cobrar que a sociedade reivindique, a situação não mudará”, alertou Eidiane. Já Mariléia Oliveira, diretora do Procon, disse que o Bradesco informou ao órgão de defesa do consumidor que tem instalado vários pontos de atendimento dentro de instituições privadas, no município. Ainda assim, o tempo de espera na fila continua excedendo os 30 minutos legais.
Ela lembra que várias medidas já foram tomadas em relação ao atendimento, mas não há mudanças. “Eu não sei mais o que fazer para deixar claro às instituições bancárias que elas devem cumprir com essa lei referente ao tempo de espera na fila”, esbravejou.
Multa
Questionada a respeito das penalidades aplicadas em caso como de descumprimento da lei, Mariléia explica que são multas de R$ 2.000 diárias, por senha que comprove o tempo de espera excedido na fila. A reincidência configura a duplicação ou triplicação do valor da multa, dependendo da quantidade de reincidências.
Segundo a diretora do Procon, o Bradesco alega que o problema se dá pelo fato de ter poucos funcionários. Esse é um dos motivos da parceria com o Sindicato dos Bancários, que tem a função de analisar e entender o porquê da não contratação de novos colaboradores.
Extremamente insatisfeita com a atitude dos bancos, Mariléia avisa: se, depois de tudo isso, os bancos não mudarem de atitude o caso será encaminhado ao Ministério Público.
Protestos
“Dia oito deste mês fiquei por quatro horas, em pé, esperando ser atendido”, protestou Edmar Domingos Ferreira, 39 anos, motorista, acrescentando que o Bradesco deveria contratar mais funcionários, além de abrir outras agências, já que não consegue suprir a demanda com a estrutura atual.
Quem também quis protestar do atendimento da agência bancária foi Joel Freitas, de 52 anos, autônomo. “O Bradesco rata o usuário como animal”, desabafou, salientando que "isso é um desrespeito ao cidadão".
Silêncio
A Reportagem do CT tentou falar com o gerente do banco ou alguém que o substituísse, mas foi informada de que nenhum dos dirigentes se encontrava na instituição no momento da fiscalização. Mais tarde, novas tentativas foram feitas, por telefone, mas novamente sem sucesso. (Carmem Sevilla)
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