quarta-feira, 8 de agosto de 2012

TIM derruba ligações de propósito, diz jornal

Segundo relatório da Anatel, as ligações do plano Infinity caíram quatro vezes mais que de outros planos da companhia entre março e maio


A operadora de celular TIM é acusada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de interromper de propósito as chamadas feitas pelo plano Infinity, no qual o usuário é cobrado por ligação e não por tempo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo e constam no relatório da própria Anatel feito  entre março e maio e entregue ao Ministério Público do Paraná.

A agência monitorou as ligações nacionais durante este período e comparou as quedas de ligações do plano Infinity com os outros da companhia. O resultado foi a constatação de que a TIM “continua derrubando” de forma proposital as chamadas dos usuários do plano ilimitado. Segundo o jornal, o documento mostra um índice de queda de ligações no Infinity quatro vezes superior ao dos demais usuários. Este plano entrou em vigor em março de 2009 e atraiu milhares de clientes para a companhia.
 
No documento da Anatel consta ainda que sob o ponto de vista técnico e lógico, essa discrepância de quedas não faz sentido e daí a intenção proposital da empresa. Com isso, os usuários gastaram mais com novas discagens. No dia 8 de março, por exemplo, quando 8,1 milhões de ligações caíram, a empresa faturou 4,3 milhões de reais a mais.
 
Contraponto - A TIM havia falado durante as investigações que a instabilidade de sinal era pontual e momentânea. A companhia mostrou que houve redução nas quedas de ligação, mas a Anatel afirma que houve adulteração da base de cálculos. Segundo a Anatel, a TIM considerou completadas as ligações que não conseguiram linha e cujos usuários, depois, receberam mensagem de texto informando que o celular discado já estava disponível, por exemplo.

O Ministério Público do Paraná pede a proibição – de novo - de vendas de novos chips pela TIM no estado, além do ressarcimento de consumidores do plano Infinity por gastos indevidos e o pagamento, pela empresa, de indenização por dano moral coletivo.

Resposta - A Anatel, em nota à imprensa, afirmou que o relatório de fiscalização mencionado pela reportagem da Folha faz parte do procedimento administrativo para averiguar descumprimento de obrigações." Somente após a regular tramitação do processo, com direito ao contraditório e à ampla defesa da prestadora, a Agência irá deliberar sobre o assunto e adotará as providências legais e regulamentares cabíveis", afirma.

Fonte: Veja

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