A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (2) que o Estado brasileiro precisa correr atrás das pessoas que vivem na miséria para tirá-las dessa situação, e não esperar que elas o procurem. Dilma lançou nesta quinta-feira a principal ação social de seu governo, o programa “Brasil sem miséria”, espécie de complemento do Bolsa Família, que pretende alcançar 16 milhões de brasileiros que vivem com renda per capita inferior a R$ 70 ou sem acesso à rede de água e esgoto.
"A busca ativa muda o compromisso que temos. Não vamos esperar que os pobres corram atrás. O Estado brasileiro deve correr atrás da miséria", disse a presidenta.
Segundo ela, além de ser um dever do Estado, a luta contra a miséria precisa ser encampada por todos os brasileiros. Na avaliação da presidenta, o país tem falhado historicamente na erradicação da miséria. "Ao longo da nossa história, nosso país abriu muitas portas para o futuro, mas deixou muitas portas fechadas e outras entreabertas. Hoje, estamos abrindo a grande porta de entrada do século 21. Se fosse aberta antes, hoje, estaríamos bem mais próximos de realizar nosso sonho de eliminar a pobreza", discursou.
Dilma qualificou como "cínico" o discurso fatalista de que sempre houve miseráveis no mundo e que não é possível erradiar a miséria. "Os nossos pobres já foram acusados de tudo, inclusive de serem responsáveis pela própria pobreza", afirmou. "Isso tem que mudar", defendeu.
A presidenta afirmou que o governo vai atrás das pessoas que, apesar de viverem na miséria, não recebem recursos do Bolsa Família nem têm acesso a serviços básicos oferecidos pelo Estado.
Uma das principais promessas de campanha de Dilma, o “Brasil sem miséria” prevê a ampliação do Bolsa Família, a criação do Bolsa Verde, a capacitação de trabalhadores e a construção de cisternas.
"O Brasil sem Miséria unirá o Brasil que cresce com o Brasil que ainda não pode aproveitar essas oportunidades", declarou a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, ao abrir os discursos no lançamento do programa.
De acordo com dados preliminares do Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11,4 milhões de brasileiros vivem com renda de até R$ 70 per capita por mês. E, pelo menos 4,8 milhões de pessoas não têm banheiro exclusivo nem acesso à rede de esgoto e água.
Fonte: Congresso em Foco
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