quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A aposta britânica para deixar de ser um Brasil nos Jogos

Em Atlanta-1996, os dois países estavam no mesmo patamar. Com o dinheiro da loteria investido nas melhores modalidades, britânicos deram um salto notável

Há menos de duas décadas, em Atlanta-1996, a Grã-Bretanha era um Brasil na Olimpíada. Na verdade, era pior: naquela edição dos Jogos, os dois países conquistaram o mesmo número de medalhas (15), mas os brasileiros levaram para casa três ouros, contra apenas um dos britânicos, que amargaram o 36º lugar no quadro geral. Na terça-feira, a delegação do país ocupava a terceira colocação entre os maiores medalhistas desta Olimpíada. No 11º dia dos Jogos, chegou ao seu 22º ouro, superando o número de títulos olímpicos conquistados em Pequim-2008. No total, os britânicos somam 48 medalhas. O país-sede não tem chance de alcançar chineses e americanos, que brigam pela primazia em Londres. Seu terceiro lugar, no entanto, está praticamente garantido - a quarta colocada, a Coreia do Sul, tem dez ouros a menos. O Brasil, enquanto isso, briga para subir de posição nos últimos dias dos Jogos. Tem oito medalhas já conquistadas e mais quatro garantidas, no boxe, futebol e vôlei de praia. Mesmo com essas doze, porém, vai precisar suar para bater seu recorde de medalhas - 15, em Pequim e Atlanta, com três ouros em cada. Mais difícil ainda será a tarefa de superar os ouros de Atenas-2004 (foram cinco). Hoje, o Brasil tem dois, e deverá depender dos esportes coletivos para romper a marca. Até a manhã desta terça, quarenta medalhas, vinte delas de ouro, são o tamanho do abismo que separa o país-sede de Londres-2012 do Brasil, palco da Rio-2016. Passados dezesseis anos de Atlanta, esse é também a dimensão do crescimento do esporte olímpico britânico num período em que o Brasil seguiu no mesmo patamar. 

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Fonte: Veja

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